São lindos os dias que foram se sucedendo, eu a pedi em namoro,
ela relutou em me aceitar, tempo não era exatamente o que tínhamos ao nosso lado, mas eu insisti e hoje temos estado.
Estado juntos como casal, então, namoramos, passeamos, comemos, rimos, nos amamos, somos o casal mais lindo do mundo, seus pais me querem bem, sabem que da sua filha eu só quero o melhor.
Ontem eu a surpreendi, quando tirei um papel amassado do meu bolso
na hora da despedida, um poema de amor para a minha prometida, eu lhe disse enquanto estava de saída:
Quando eu me fiz presente, te dei por presente um sinal, de vida e de sorte,
Olhando sem direção correta, mirando com a minha flecha mágica para o céu,
Me fazendo de réu de uma justiça que se tem por complicada, maldita justiça que de justa não tem nada.
Empunhando a minha espada eu corri em direção ao penhasco da fronteira
desesperada esperando pela esperança e mais nada.
Lá estava você, parada, naquele momento eu sei que já não pensava em mais nada.
Quando eu me fiz presente, te prometi jamais fugir de você, prometi não ter medo, eu sei que é cedo mas tudo o que eu não tenho no mundo é medo.
E eu quero que todo mundo saiba do nosso amor, pra que eu guardaria segredo?
Se tenho ao meu lado um anjo que caiu do céu, que me fez réu na masmorra, que morre de medo que eu corra, ou que eu morra, eu te digo com todas as palavras que eu não morro, sou eterno, como meu amor por você, um dia me apareceu sem querer por mim tem todo esse poder, você é o meu ser, o meu saber e o meu estar, ou melhor, o meu estarei, porque eu prometo que sendo mortal, pra sempre te amarei.
(Continua)