E caíram as bombas, levantaram primeiro o fogo
Depois a poeira
Derrubaram primeiro a lágrima
Depois a alegria.
Eu penso, logo existo. Pra mim tem sido um problema pensar,
logo então achar que o mundo não tem razão e não tem jeito de se curar.
Um paciente terminal com uma doença incurável. A humanidade padece porque não ama o próximo. Queremos nos derrubar, nos destruir, construímos barreiras, muros, fronteiras. Não nos visitamos, nos bombardeamos, seja com bombas, fogo em ônibus ou fofocas. Os olhares são sempre desconfiados, o medo se instalou, veio pra ficar e pra destruir. Destruir sonhos e vidas.
Quando a bomba caiu, invadindo a noite, parou de sonhar a menina e o menino. Eu aqui parei também.