quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Valores e tempo e memória


O valor tornou-se
Intangível na medida
Em que se livrou do sentido
Comum ao passar dos áureos
 Tempos
A imensidão das coisas
Fez levar a crer nas perguntas
Sem resposta, pois
Não há amanhã sem o que passou
A memória se levanta mais ainda
É cativa dos valores impostos ou
Aprendidos, melhor apreendidos
Nos cânticos temporais de valores
Sentidos ou sem sentido
Se leva a olhar para dentro de si
Onde está o valor dentro do tempo
Se perdeu ou
foi perdido.


sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Mandela



Eu nunca vi no Facebook, tantas vezes, uma atrás da outra a a foto da mesma pessoa. Um ser humano que, apesar de carne e osso, será transcendental ao tempo e a história. Mandela viverá. Apesar da ignorância das pessoas que não o conhecem, ou não se preocupam com os ícones da luta de classes que tanto marca a história da humanidade. As pessoas com seu famoso "Segunda-feira chata", "Sexta=Feira legal", "Chega natal" ou "Chega férias", que trabalha pra pagar as contas de ontem, que sonha com serviços essenciais particulares, porque não vê no estado nada de bom, pessoas que trabalham como escravas por migalhas e colocam as Ferraris nas maiores mansões do mundo, sonham com uma casinha na praia, mesmo que isso signifique horas de fila, acidentes de trânsito, dores de cabeça. Ser escravo moderno é fácil, não conhecer o Mandela é fácil, viver feliz é fácil. Estudar a vida é difícil, compreendê-la é quase impossível a grande maioria da população, pessoas como o Mandela contribuíram e muito nessa difícil compreensão. À quem se deve um salve com honra. Continuaremos lutando mesmo que pareça impossível, porque os escravos não enxergam as suas correntes, amam seu opressor e dificilmente lutarão. Não há gigante do lado esquerdo, há luta de poucos. Mas a utopia nos espera, nos faz sonhar e lutar

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Utopia




A utopia jamais poderá morrer, ela renasce de peito em peito como uma fênix eterna. Ao morrerem seus corpos, se tomam a alvorada gritos de ódio e amor, toma outros peitos para viver sonhos de liberdade. Se corre, anda, respira e vive, há esperança, de vitória sobre os escombros, por sobre os dias e nos séculos ela luta com todas as suas forças com um poder invencível. Seus inimigos a temem porque ela se mostra imortal, irresistível as sombras, sua luz dissipa a figura da derrota em cada olhar jovem, que a luz da verdade iluminou a vida. Vermelha é a sua coragem, mesmo se na guerra estiver um dos seus para milhões de inimigos, corre em direção ao abismo com a certeza de que a vitória está a cada dia mais próxima, a vitória do poder comum para todos os povos, todas as cores, todos os sorrisos, todas as vidas. A utopia vive porque ela é maior do que a indiferença, é como o oceano encontrando o mar, cada onda bate de frente com a realidade, a utopia é a verdade, é o sonho e a esperança. A utopia viverá até se tornar amor incondicional e diário. 

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Números



Números são perfeitos
Que apontam ao norte
São como rochas incandescentes
Que se encaixam lentamente
Variam de acordo com a vida
Permanecem vivos e estáveis
Não precisam da eternidade
Ou de perguntas emotivas
São belos e decifráveis
Ao olhar atento e
Sagas
Não são melhores ou piores
São
Exatidão.

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Algo Sobre Palavras

E um dia me disseram que eu sou feito apenas de palavras. Essas mesmas que nascem sem crescer, morrem ao vento sem viver. Não há mal nas palavras, mas não foi um elogio, talvez, porque as ações quando vazias de palavras ainda são eficazes, já as palavras sem ações apenas nascem e cabalmente morrem ao vento. Então é preciso agir, sem falar, as palavras caíram em desgraça. Não servem para nada, são perda de tempo e de fôlego de vida. Um dia desses eu volto, espero que lá tenha aprendido a agir para viver.

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Algo sobre você



Como pode tudo ser tão perfeito.
Cada momento, cada lance, cada nuance.
Eu fui pego, confesso.
Você me pegou quando eu navegava sem direção, sem vento.
Minha estrela do norte, guia das galáxias perdidas.
Já sem vida, porque não mais lutava.
Me pôs um sorriso no rosto, antes apenas esboço.
Sem você o que é o sorriso?
Eu não conhecia essa felicidade plena.
Calmaria em águas mansas.
Sem você eu não vivo.
Olhar altivo arruinado, jogado a beira de abismos
Nas arenas da imbecilidade se comete atrocidades
Mas não no seu mundo
Em você apenas verdade
Verdade e justiça.
Verdade verde como os seus olhos.
Brilhante justiça é o seu sorriso.

terça-feira, 4 de junho de 2013

Houve um Tempo



Houve um tempo em que se viveu
Alegrias de carne e esperanças
Que se correu pelas escadarias segurando a liberdade de viver.
Houve um tempo em que o grito se libertou
E a liberdade viveu.
Houve um tempo em que a lágrima caiu em meio a risos
Os olhares atônitos acompanharam a bola que raspou o travessão
Rasgou o peito, alguns choraram, outros riram.
Em que o menino se foi embora,
sem camisa, sem coração, apenas lembrança.
Brincava pela rua driblando com uma latinha amassada
ou uma bola de meia, se dizia Didi, Pelé e Garrincha.
Houve um tempo em que o templo foi grandioso
Espetáculos de horrores e belezas
Contrastavam povos e culturas,
Opiniões e visões de um mesmo lance
Vários ângulos e diferentes aspectos.
Te roubaram, meu caro amigo.
Te roubaram e te assassinaram.
Você nunca foi estrela, bem maior que isso
E ti céu, desfilaram as estrelas.
Hoje seu nome é lembrado, mas você não esta ali.
A sua individualidade foi sequestrada, mas não pediram resgate.
Tentaram te resgatar, mas te levaram durante o sereno.
Sem serenata, te empilharam em entulhos.
Você foi Rei, Maracanã.
Sempre será lembrado e respeitado
Ovacionado pelo tempo na linha da vida.
Te espero na história, amigo Maracanã.
Não serás mais o que eras.
De pé entre os deuses olimpo do futebol,
Eterno amigo Maracanã.

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Trago


Trago no peito uma batida
De amor inabalável
Inacreditável
Inexplicável
Trago uma flor em uma das mãos,
Na outra o cosmos em forma de chocolate
Trago nos pensamentos você
Flutuando em águas tranquilas
Imóvel
Inafundável
Trago algo certo mais do que certeza
Trago uma fumaça que não me acalma
Trago a minha alma
Trago algo mais definitivo do que a morte
Trago um pote de ouro e um de sorte
Trago algo mais simples do que uma nota musical
Algo mais doce do que um favo de mel
Caminhei pelo céu, trago uma nuvem macia.
Trago uma estrela do mar, vazia.
Não te trouxe o mar, ele secou.
Trago os meus olhos
Neles a verdade sempre dita
Eu te amo e um piscar cansado
Andei pelo multiverso buscando coisas para te trazer
Nada me satisfez
Trouxe a minha verdade
Espero que te baste.

sexta-feira, 22 de março de 2013

Carta



Lançada ao tempo de amor uma carta
Rosas de flecha
A pólvora exita
Um tiro se ouve
Nos labirintos da vontade
Disparam batidas de corações
Em direção ao sul voam apressados os pássaros
O inverno vai se achegando
Congelando os suspiros
Mas ainda há sol em alguns olhares
Falta água nos olhos
Há muito a emoção foi plastificada
Mas não quando se pousa uma carta, de amor.
Lágrimas e sorrisos se confundem
Não se opõem, apenas se completam.
Não querem perder tempo com guerras
Afinal, dizem que a vida é muito curta para a vaidade.
O conteúdo da carta permanece oculto
Livre dentro do espírito, independente
Colando espelhos mágicos no céu para se refletir da terra
Os sorrisos e as lágrimas sem par
A felicidade de amar.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Te amo



                                                                                
Dois anos de lutas e conquistas. Não existe muito ou pouco quando se fala em amor. Existe sim ou não. Em um 3 de janeiro nós dissemos sim e começamos a nossa história, ela vive e respira, palpita e se explica. Com o passar dos anos eu me sinto seguro, você melhora o pior de mim, me abastece nas dificuldades, me torna um homem rico. Eu te amo em todos os aspectos, momentos e caminhos. Meu tudo por você. Te amo.