sexta-feira, 22 de março de 2013

Carta



Lançada ao tempo de amor uma carta
Rosas de flecha
A pólvora exita
Um tiro se ouve
Nos labirintos da vontade
Disparam batidas de corações
Em direção ao sul voam apressados os pássaros
O inverno vai se achegando
Congelando os suspiros
Mas ainda há sol em alguns olhares
Falta água nos olhos
Há muito a emoção foi plastificada
Mas não quando se pousa uma carta, de amor.
Lágrimas e sorrisos se confundem
Não se opõem, apenas se completam.
Não querem perder tempo com guerras
Afinal, dizem que a vida é muito curta para a vaidade.
O conteúdo da carta permanece oculto
Livre dentro do espírito, independente
Colando espelhos mágicos no céu para se refletir da terra
Os sorrisos e as lágrimas sem par
A felicidade de amar.