domingo, 28 de novembro de 2010

América do Sul Parte 1 - Incas




Pensamento alto, alado,
Passeou pelas nuvens,
Pensamento encantado,
Correu provas difíceis,
Provou estranhos gostos,
Conheceu o povo que mora no vento,
Esse povo é transparente como água limpa,
Limparam do coração todas as impurezas mundanas,
Pensamento alto voou da sanidade,
Vestiu asas e saiu na alvorada,
Concluiu que todas as suas ansiedades levavam a nada,
Conheceu o nada.
Andou por estradas,
Ingríme Andes desafia as linhas que se acham corretas,
Machu Picchu provou que é possível esconder-se do mundo,
Cidade mais oculta, cidade dos sonhos
Cidade da realeza, fortaleza flutuante,
Sentimentos vibrantes.
Dentro do mundo, uma flecha de madeira.
Encravada em corações de pedra,
Pensamento alto ganhou asas brancas como a neve dos Andes,
Mais emblemático que a sagacidade dos incas,
Sem ferro nem escrita,
Escreveram uma história que voou pelos tempos.

Se... A verdade é que não há verdade. (Pablo Neruda)

O castelo de mentira invadiu a América,
Roubaram os tesouros, esmagaram as culturas,
Provaram da terra que emana Pão e Mel,
Extensão do Céu na Terra mostraram a guerra.
Pólvora venceu lanças,
Venceu esperanças,
Começaram as mudanças,
Crianças não têm mais infância.
Do berço ao túmulo, conflitos de idéias,
O doce som das suas flautas comove as platéias,
Mas não resgata os que foram Sub Estimados,
Honra aos povos maltratados, pelo ser superior,
Sinhô Homem Branco Europeu Super Desenvolvido.
Pensei alto, Voou pelos tempos, pensamento infinito.
Como é dos Incas, o Espírito.

domingo, 21 de novembro de 2010

Viagem para o Futuro


Em preto e branco eu escrevo palavras tolas
Talvez sem sentido nem direção.
Vida nova, suspirando pelas beiras da vida,
Nas malas mais do que coisas,
Histórias.
No destino um porto,
Dizem que é alegre...
Minhas mãos suadas se atraem
Uma de encontro à outra,
Estou mais que nervoso,
Mas o destino me espera.
A estação anuncia que meu trem partirá dentro de minutos,
Por tanto tempo eu esperei esse momento,
O tempo congelou.
A vida passa na minha mente como se fosse um filme,
Eu não nasci nesse lugar,
Alguém me pergunta se eu sou desse lugar.
De prontidão respondo:

Não
Sou do interior
...de Taió, estou aqui a 4 anos.

Me apresso, não costumo dar atenção á estranhos,
Tento disfarçar o medo,
Que na verdade me apavora por dentro,
Não tenho medo do futuro,
Tenho medo de estar sozinho nele,
Solidão é uma palavra vazia demais pra estar em meu dicionário,
Mas meu melhor amigo, meu confessionário tem sido meu diário,
No presente não sei ao certo o que deixo,
Alguém com inveja do porto alegre,
Mas sei que está alegre, por mim.

Enfim, eu nunca deixei de sonhar,

Hora do embarque!

Gritou o homem da estação de trem,
Destino final?
Porto alegre!

Deixo meu pai e meu mano,
Deixo alguém que não conheço,
Busco uma vida sem engano,
Poucas palavras me resumem
Extremo!
Extremo de tudo, exagero de qualquer coisa,
Amo amar, demasiadamente ser amado.
Não gosto de me sentir só,
Quero a companhia do mar,
Refletindo nele as estrelas,
O universo conspirando contra a solidão,
Deus acima desse firmamento,
Não vai me deixar de lamento,
Olho para trás, alguém pensa em mim.
Penso Nela.
...Até as pedras se encontram...
Meu trem partiu,
Destino?
Porto alegre das letras felizes.
VIVI por vinte e cinco anos sem te conhecer
Alguns dias serão como  provação e falsa solidão,
Meu pensamento em você, quem sabe o seu em mim.
Em preto e branco eu escrevo palavras lindas...
Com sentido e direção.
Destino?
Alegre porto, futuro seguro.



quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Chão




O chão está quente, queimando em meu peito feito coração pulsante.
Por algum momento a minha alma resolveu não ficar irradiante, diante de algum pensamento perdido.
O chão do passado resolveu vir à tona, intensificou em mim um instinto esquecido.
Às vezes eu sinto um calafrio.
Como se sentisse que a pressão de ser enquadrado,
Me faz realmente ser enquadrado pelo sistema.
Olho para os lados e só vejo olhares maus de gente estranha,
Olho para o céu, mas a minha moral com o Pai do Céu anda ‘bem-baixa’.
Olho para o chão e vejo pouco mais do que um simples caminho,
As escolhas caem em meu colo às milhares,
Para cada uma um rumo diferente,
Me pergunto mais uma vez se tudo isso é necessário,
Digo, todo esse sofrimento.
Se sentir pressionado.
Guerra de conflitos,
As guerras sempre são de interresses.
Eu não me sinto feliz, pelo menos na maioria das vezes.
Pensamentos inundam a minha mente, que inundam a minha alma,
Que inundam a minha vida.
Então não consigo crer na máxima,
“Meus sonhos que me importam, 
os dos outros que agonizem pelo chão”.
Então a competição por nada mais uma vez entra em cena,
E mais uma vez o chão se torna um vilão.
Chão toma uma conotação de derrota.
“ O Boxeador foi beijar o chão”.
Mas se abrir os olhos...
... O chão não é o fim.
O chão é o começo, o chão é uma ligação.
O chão é a face da terra.
Nele nada se encerra,
Nele tudo talvez recomece,
Talvez seja um ponto de vista.
Quem sabe alguma frase bonita,
Como aquela que agora virou moda,
“O impossível é só questão de opinião”.

(Haha, filosofia nas frases de internet são foda,
O mundo está cheio de psicólogos. rs)

Então... rs.

Em minha opinião, o chão não significa mais derrota, Não!
Significa, recomeço. Ali pode estar à chave para um novo caminho.
Talvez eu me sinta sozinho,
Olhe para os lados buscando afago,
Olhe para cima buscando amor,
Na pior das hipóteses vou abaixar a minha cabeça, em sinal de:
Respeito,
Desânimo,
Cansaço,
Tristeza,
Burrice,
Loucura,
Duvidas,
Incredulidade,
Preguiça,
Descrença,
Irracionalidade,
Medo...
... Melhor eu parar por aqui.

Mas agora ao invés de me sentir sozinho,
Se pah vou me encontrar
E meu chão VAI se transformar,
Em um doce caminho.


sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Mártir


Mártir


Aos profetas dos tempos antigos, aos irmãos que foram jogados aos leões  no coliseu de Roma (Para Honra e Glória do Senhor e confundir o mundo), aos irmãos que deram suas vidas no período das trevas em que o mundo foi dominado pela igreja católica, ao malcom X, Zumbi, Martin luther king, Gandhi, Lennon, sabotage, Marvin Gaye, Notorious B.I.G, Che Guevara,
 Ao Tupac amaru shakur e ao Bob Marley.

Rest In peace.



Fecham-se os olhos, fecham-se as portas,
Trancam-se as janelas, vou para a rua,
Ela não tem saída.
A subida é íngreme demais,
A descida, escorregadia demais.
Minha fuga está por um fio, o fio se arrebentou,
A corda de lençóis desamarrou,
O muro era muito alto,
A queda me derrubou.
O guarda atirava muito melhor do que eu corria,
Franco, o atirador,
Franco retaliador,
Caçador de recompensas, Eu fui um belo troféu.
Fui franco ao não mentir, falei sim a verdade que pensei.
Cuspiram na minha face,
Fui odiado e aclamado, mal entendido e lamentado.
Masmorra!
Não, La não é tão assustador.
Morte!
Não, ela o libertaria.
Exílio na ilha macabra, de gelo, de ignorância.
Onde aviões caem e nunca são encontrados, sequer dados por desaparecidos,
Onde os dias não passam, são contados
Hoje os dias são mais longos e os anos mais curtos,
Não na ilha da fantasia, da perdição.
Onde ladrão que rouba ladrão tem mil anos de perdição. (Ou a eternidade)
Chamem de vale da sombra da morte,
Chamem de vida no vale da sombra,
Podem até chamar de sombra no vale da vida, se preferir,
Ou não, não chamem de nada.
O mundo me cuspiu em uma face, não foi o bastante.
O mundo quis me jogar na masmorra, não foi o bastante.
O mundo quis me matar, não foi o bastante.
O mundo me exilou em uma ilha macabra...
NÃO FOI O BASTANTE!

Meu sorriso irônico no meio dessa tempestade e essa alegria que me invade...

Eu estou certo de que não será o bastante, eu sou um guerreiro militante.
E o mundo não passa de um ignorante.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Guerras internas ou Raciocínios externos

                                                                                


Uma musica triste, inundando minha mente agora,
Garoa fria e fina, molhando a janela pelo lado de fora,
Aflora um sentimento do mundo que se sabe...
Não é perfeito.
Nem de perto, não, não chegue perto.
Perigo!
Pode ser consumido pelas minhas entranhas.
Que de tão estranhas emanam desprezo,
O gelo correndo quente pela minha artéria
Explodindo em meu coração com um veneno traiçoeiro,
Bombardeado para todo o meu corpo em forma de duvidas.
De repente, do nada uma rebelião começa,
As células que pareciam fracas individualmente,
Escravas do cérebro se rebelaram.

Motim! Motim!

Gritam os órgãos que de tanto medo...
... Que nem percebem que estão sem voz.

Um exército de células com sangue nos olhos tomou de assalto o corpo,
Com certeza de que era o melhor a fazer,
Cansaram de esperar, de ter esperança.
Elas não têm líder, elas são suas líderes,
Elas não lamentam, elas nem se questionam,
Conhecem os pensamentos do coração de cada uma,
A maioria sempre vence,
“10 mil de fuzis não podem contra um trilhão de facas”

Acorrentaram o cérebro,
O coração não estava mais em seu lugar,
Fugiu ou, já havia sido arrancado (HeartLesS).
Os órgãos agora trabalham contentes, aderiram à rebelião,
O corpo trabalha todo em harmonia,
A alegria que contagia,
Mesmo sem cérebro e sem coração,
Pelo menos sem ter que pedir perdão,
Sem peso na consciência, sem clemência.

Um corpo que trabalha com certeza do que faz,
Onde todos estão felizes, sem alguém ditando ordens,
Perfeição...
... Sem cérebro nem coração.