quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Guerras internas ou Raciocínios externos

                                                                                


Uma musica triste, inundando minha mente agora,
Garoa fria e fina, molhando a janela pelo lado de fora,
Aflora um sentimento do mundo que se sabe...
Não é perfeito.
Nem de perto, não, não chegue perto.
Perigo!
Pode ser consumido pelas minhas entranhas.
Que de tão estranhas emanam desprezo,
O gelo correndo quente pela minha artéria
Explodindo em meu coração com um veneno traiçoeiro,
Bombardeado para todo o meu corpo em forma de duvidas.
De repente, do nada uma rebelião começa,
As células que pareciam fracas individualmente,
Escravas do cérebro se rebelaram.

Motim! Motim!

Gritam os órgãos que de tanto medo...
... Que nem percebem que estão sem voz.

Um exército de células com sangue nos olhos tomou de assalto o corpo,
Com certeza de que era o melhor a fazer,
Cansaram de esperar, de ter esperança.
Elas não têm líder, elas são suas líderes,
Elas não lamentam, elas nem se questionam,
Conhecem os pensamentos do coração de cada uma,
A maioria sempre vence,
“10 mil de fuzis não podem contra um trilhão de facas”

Acorrentaram o cérebro,
O coração não estava mais em seu lugar,
Fugiu ou, já havia sido arrancado (HeartLesS).
Os órgãos agora trabalham contentes, aderiram à rebelião,
O corpo trabalha todo em harmonia,
A alegria que contagia,
Mesmo sem cérebro e sem coração,
Pelo menos sem ter que pedir perdão,
Sem peso na consciência, sem clemência.

Um corpo que trabalha com certeza do que faz,
Onde todos estão felizes, sem alguém ditando ordens,
Perfeição...
... Sem cérebro nem coração.

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