Nascido como um anjo sujo
Que caminhou descalço numa floresta de espinhos
Onde árvores o olhavam com olhos de navalha
E os canalhas dos piratas com olhos de vidro
Que tinham um rei no umbigo, o obrigavam a cavar
Tinham que esconder um tesouro num secreto lugar.
Envelhecido como um senhor do tempo
Que freqüentou a escola da vida de eternidade á eternidade
E ensina que o talento unido a força de vontade é invencível
Caíram homens tomados pelo medo do passado e futuro
Hoje flutuam feito estrelas em um céu escuro.
Solitário como uma águia numa montanha
A espera de um milagre que a salve de sua asa quebrada
Onde tudo e nada empatam um jogo de risco de morte
Fadada ao sucesso pela sorte
Ou ao fracasso da vida pela morte.
Desaparecido como um avião que partiu sem destino
Em rumo ao desconhecido, caído em lugar nenhum.
Onde ninguém da tripulação que não existia sobreviveu
E não se deu conta o mundo, ele nem lembrou do que esqueceu.
Hoje esperam pelo nada em lugar algum.
Renascido feito Fênix das entranhas de um mostro chamado mundo
Aprendeu a ler sem olhos, sujismundo.
A correr sem pernas e a voar sem asas.
“Longe de casa
Há mais de uma semana
Há dias e dias distante, do meu amor”...
Mas ela sabe que eu sou abelha e ela a minha flor.
Nenhum comentário:
Postar um comentário