quinta-feira, 28 de abril de 2011

Cata-Lixo*




Tempo contra-Tempo 
Luta Cata-vento*
Rema Contra-maré
Dirige de marcha-Re
Marcha-soldado
Malvado mal-amado
Cabeça-de-papel
Quem não marchar-Direito
Vive vida De-bordéu.
Chuva-molha
Guarda-chuva
Trenó-de-noel
Não faz-curva
Cai infame aos pedaços
Lareira só tem os ricaços
Joga no lixo o presente do menino-qualquer
Sem-nome
Sem-lenço
Sem-documento
Caminhando contra-vento.
Cata-Vento*
Joga no prato-na-prateleira
Brinquedos-de-madeira
Sonhos-De-Brarriga.
Sonha com comida
Barriga-cheia
Ele não tem Sangue-Azul nas veias.
Barriga-de-aluguél.
Coração-de-papél
Papel-Chocolate.
Vira-latas-late
Menino-sem-raça-definida.
Quem-te-colocou-sem-coração?
 Foi-A-vida Tio...
...Não Filho.
Foi um mundo sem-noção!

sábado, 23 de abril de 2011

Prólogo do céu





E outra noite que se vai,
Meu pensamento em você que não sai,
Prólogo do céu
Eu jogo a minha vida aqui nesse papel.
Amor, você é a minha juíza sabia?
E eu um réu que jazia maltrapilho, morando na rua.
Eu estava errado, e meu pecado foi ter te seqüestrado.
Mas também, você parecia tão mal.
Me olhou dando sinal de socorro, e eu atendi sem esforço.
Hoje eu rabisco um coração no papel e te mostro o esboço.
Você me tirou da morte, do fundo do poço.
Já vi que esse poema de tão vistoso, vai parecer meloso. (Haha)
Mas quem ainda não encontrou a pessoa amada
 que não me julgue.
Amor, eu sei que você não gosta de quando 
eu digo que é eterno.
Eu tento nominar algo indizível.
(Noossa que coisa horrível   haha)
Ohh, e agora... quem poderá nos defender?
Eu, o namorado apaixonado!
Aquele que você diz que é abobado
E o que te importa?
Minhoca dorminhoca!
Eu posso dizer sim que quando Deus te desenhou, estava namorando.
E onde eu estava até te encontrar?
Eu estava sonhando, sim com você!
Você tem me ensinado a viver,
Me ensinado a esquecer,
A não planejar
Mas nunca deixar de sonhar.
Deus tem o tempo pra tudo amor,
O nosso tempo graças a Ele já chegou.
Desde desse dia o prólogo do céu se iniciou.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

A estrada


A estrada, iniciada
Não pensava
Em mais nada
Vento na cara
Mochila nas costas
Ofereciam-me carona
Nem ligava
Então, nada me importava
Me perdia e me encontrava
Negava carinho, não me dava
Espinho, de carne no espírito achava
Chorava
Corria enquanto a chuva me batia
Até a lágrima era solitária quando caída
Minha chama se apagava.
Placa de aviso me avisava
Não ultrapasse
Na minha mente um impasse se passava
Na minha mente nada se passava
A água do vazio a todo o espaço inundava.
Me pegava olhando para um espelho quebrado,
Quando estava perfeito, o quebrava.
Assim não mentia pra mim mesmo.
Vagava e não me cansava.
Trava a porta, tranca o caminho para a escada
Nada de subida, nada de estrada.
O calor do sol me cansava
A dor no meu peito aos poucos me matava
A minha consciência me maltratava
Nada,  vazia e escrava.
Tão fraco quando não há vaga,
De pessoas o albergue se lotava
Enquanto de sopa quente solidária
O estômago se empanturrava.
A estrada iniciada não voltava.
O passado não voltava
Somente a memória e a saudade.
Maldita mente escrava.