Invólucro, numa redoma de ódio e vidro. Onde as luzes que se apagaram não lutam mais pra serem acesas, pescadores retornam de sua jornada com as redes vazias, mentes vazias a espera de esperança, nem o mar está revoltado, então, o barco apenas flutua calmo, sereno e tranqüilo, deve estar com preguiça ou pena dos pobres pescadores, suas roupas sujas, seus olhares distantes, sua esperança vencida, suas almas errantes, seu barco que é atraido pela praia, fora traído pelo oceano. Os rios que correm para os mares loucos pra morrer em suas águas, sua jornada no mar acabam, começa outra então, a água se divide e se multiplica se mistura e se purifica.
Eu sinto muito pelos cometas, passam a sua existência voando em círculos, o universo pra eles nunca chega ao fim, a resposta pra suas dúvidas nunca é o sim e eles ficam assim, sem saber pelo que lutam sem saber se deveriam mesmo mudar de direção, obter alguma resposta do nada, mesmo que ela fosse não.
Ontem eu deitei numa nuvem, estava confortável e a luz do sol sempre brilhava. Mas eu não consegui dormir exatamente porque as respostas que lá busquei não encontrei, tinha pouca gente, pouco barulho, pouca música e pouca vida, apenas a minha, isso é pouco, eu morro de medo de permanecer só, mesmo sabendo que até o pra sempre, sempre acaba. Depois no nada eu estava dormindo, caindo, não podia levantar como sempre acabei desistindo. Me cobri com um pedaço filhote de nuvem, que me aqueceu naquela noite, as estrelas brilhavam nos meus sonhos e eu que sempre demoro a dormir por ficar na vida pensando, dormi rapidamente, não queria pensar em nada, não queria lembrar de nada. Não lembro o que sonhei, talvez não tenha sonhado com nada.
"When i look to the sky, i don't dream
I just Wanna be alive, life is a real dream." (Denis Beck)
“É muito fácil sonhar, eu quero ver saber viver.” (Dr. Caligari)
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