segunda-feira, 18 de julho de 2011

Mundo em Guerra - Parte 1 - Normal vida



Crianças brincam na rua, passa tempo mundo, é década de trinta. O mundo parece tranquilo visto da janela, também não é pra menos, o maior problema é a falta de saúde e essa temos sobrando.  Eu, ainda Jovem, louco e sonhador, não muito dado as bobagens da vida, não muito inteligente nem tampouco demasiadamente burro, nunca fui o rapaz mais lindo, mas capaz, também longe de ser o mais feio,  alheio as crises que se apresentavam eu sigo a minha vida, sem se preocupar demais porque quem não faz a vida por merecer, não tem por justiça o sopro da vida no pulmão e o sangue correndo quente nas veias.
Faz calor nessa época do ano, há muito eu não via tão quente verão, trabalho com meu pai nos fundos de casa, fazemos qualquer serviço que empregue madeira e suor. Não tem sido fácil, mas a economia se recupera passados alguns anos da grande depressão que varreu a história, mas não a America. Nossa pátria é forte, trabalhadora e sagas pra saber que só se vence adversidades com árduo trabalho.
Enfim, trabalhando nos fundos de casa, ajudando meu pai com os negócios da família, tenho a chave do carro para passear com  a minha Juliana, algum trocado para tomar um refrigerante de Cola e ver um filme no cinema, vida simples, simples e feliz, vida na America. (Continua)

sábado, 16 de julho de 2011

No caminho



Um cego no caminho.
Um ego inalcançável devido aos espinhos que o cerca
Inabalável devido a rocha que o sustenta
Menino cego que flutua no pântano das almas vazias
Onde a alma do passado jazia
Acumula esperança, não a expõe sabido que é desnecessário
Em meio a matança, jamais atingido, esse lugar não será seu calvário
Nada faz criar ânsia, sem rei no umbigo, soberba não é seu salário
Um caminho na floresta de águas transparentes
Alheio a emoções inconsequentes
Sem receio de corações doentes
Esse menino nunca foi um delinquente
Indivisível é a sua certeza
Inabalável é a clareza com que ele enxerga os momentos
Incomparável é pra ele qualquer momento
O menino cego jamais descansa no meio do caminho
Sem dormir, sem chorar.
Sem considerar o domínio
Sem lamentar
Sem deixar de usar o raciocínio
Um só caminho é o suficiente
Ele não precisa de olhos
Ele não precisa de mapas ou de direção
Precisa de emoção e ter a noção de estar no caminho certo
A sua destra um livro sem final
No centro de sua vida um amor incondicional
A sua frente nada além de orgulho
Os olhos da sua mente enxergam bem mais que um entulho
Afinal ele sabe, é cego mas não é surdo.
Ele sabe o que ouvir, sabe o que sentir.
Mas um menino cego em meio a multidão de egos
Disparando olhares, guerra declarada.
Pessoas se jogando de prédios
Enfim, a natureza humana nunca levou a nada.
A humanidade caminha a fim do fim
Ele prefere não ver, se for pra enxergar o mundo assim.
E enquanto o homem caminha pra continuar a ser idiota.
O menino cego caminha rumo a respostas.
"Não é questão de ser convencido
É que se não fosse pra ser assim, preferia nem ter nascido" (Rashid)

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Conversação




E eu, que sempre fui frio e incompreendido.
Aprendi ser quente de amor comprimido, longe de mim
Perto de mim, longe do oceano.
Mas navegar pra que?
Se quando sem você, perco meus planos
Perco a verdade, me perco em meus enganos
Não quero me perder da humanidade
Perder a minha humanidade
Ver vir de longe àquela pergunta,
Onde foi que erramos?
Ou porque erramos?
Na medida em que nos aproximamos
Nos perdemos ou nos encontramos?
Ontem eu conversei com um anjo
Ele sempre visita meus medos
Ele conhece todos os meus segredos.
Me vestiu com um manto do seu encanto.
Me deu carinho e enxugou meu pranto
Eu caí em um mar de idéias, labirinto de palavras e condições,
Onde emoções não estavam permitidas, apenas espasmos fragmentados sem condições de ser decifrados sem que houvesse algo de sobrenatural, ou algo de encantado. Boas novas!
Quando você flutuou quebrando as algemas, arrancando as mordaças, esmagando os inimigos e frustrando a sombra da morte, me levando em seus braços para seu castelo forte, escrevendo ao vento palavras de boa sorte, tratando se sentimentos que sofreram duros cortes.
no vale em que tudo se perde, você me ganhou, enfim. Você chegou.