Crianças brincam na rua, passa tempo mundo, é década de trinta. O mundo parece tranquilo visto da janela, também não é pra menos, o maior problema é a falta de saúde e essa temos sobrando. Eu, ainda Jovem, louco e sonhador, não muito dado as bobagens da vida, não muito inteligente nem tampouco demasiadamente burro, nunca fui o rapaz mais lindo, mas capaz, também longe de ser o mais feio, alheio as crises que se apresentavam eu sigo a minha vida, sem se preocupar demais porque quem não faz a vida por merecer, não tem por justiça o sopro da vida no pulmão e o sangue correndo quente nas veias.
Faz calor nessa época do ano, há muito eu não via tão quente verão, trabalho com meu pai nos fundos de casa, fazemos qualquer serviço que empregue madeira e suor. Não tem sido fácil, mas a economia se recupera passados alguns anos da grande depressão que varreu a história, mas não a America. Nossa pátria é forte, trabalhadora e sagas pra saber que só se vence adversidades com árduo trabalho.
Enfim, trabalhando nos fundos de casa, ajudando meu pai com os negócios da família, tenho a chave do carro para passear com a minha Juliana, algum trocado para tomar um refrigerante de Cola e ver um filme no cinema, vida simples, simples e feliz, vida na America. (Continua)