Noventa e nove por cento de cem
Sentado na cabeça de um gigante que morreu
Eu não sei se ele era deus ou um des aparecido
Pelo jeito eu não ligo, nunca liguei
O que eu jamais saberia é que eu jamais saberei
Se era um rei, eu não sei, já está morto
O seu trono de ferro se entregou ao ego
E seu ego de ferro tornou ao pó
Retornou ao nó que prendia a minha garganta
E ao manto sagrado que cobria o seu ombro cansado.
Eu dediquei mil noites de pranto calado
Ao que tenho me dedicado o futuro chega e me tromba
Zomba do que é real e me nutre de mal
Agora o real é o um por cento de cem que sobre vive
Sobre por cima da cisma que me mantém
O trono sucumbiu
O rei morreu e sumiu
Pelo jeito eu não ligo, nunca liguei
Mas se eu sempre fiz parte disso ou daquilo eu já não sei.
Nenhum comentário:
Postar um comentário