A palavra que ela diz não conhecer, em seu sorriso compreende,
Aposta, em uma vida regada à paixão e coisas simples,
Vida simples.
Ela tem um bilhão de defeitos, mas fechado no pacote a seu jeito,
Cheia de sucesso no pleito.
Direito, de viver uma vida sob um teto sossegado.
Crianças e cães iluminando seu dia, nada de vida vazia.
Vazia seria a vida olhada de um dia,
De chuva, onde pelo vidro da janela suado,
Suspira imaginando um reino encantado.
Sonho sonhado.
O que acontece com as flores quando elas morrem?
Deve haver um céu especial para a sua beleza,
E um inferno astral para a sua tristeza.
Nada é perfeito nesse mundo velho,
Nada é feliz dentro do castelo, frio e distante.
Alma solitária nesse planeta errante,
Terra de gigantes adormecidos,
Que fazem o possível para vencer o impossível.
Caneca com chá quente e por um instante ela saiu de si,
Olhava a vida pela sua janela,
Pensava que poderia ser mais bela,
Ouvir algum canto lírico a capela,
Se um príncipe encantado especial pensa nela,
Janela pequena pra tanto sentimento,
Vida pequena que se cala em consentimento.
A lírica da chuva se faz encantadora em tardes quentes de verão.
Pensamentos sobre a vida que se passa, vem e vão,
Sonhando com um sentimento que não é em vão,
Então, suspira pelo mundo.
Mas não, cria outro mundo imaginário.
Pisa no chão e não cai no conto do vigário.
Ela sabe que precisa trabalhar pra ter um salário,
E com um salário ter um sustento
E uma casinha pra se abrigar do vento.
Que bate na porta pedindo licença pra entrar,
Frio e aconchegante essa brisa veio do mar,
De outro país que está escravizando vidas em garrafas,
A chuva cessa e um arco-íris reporta ao passado,
Esse mundo não vai mais acabar em água.
E a certeza da vitória nas batalhas não deixa a vida acabar em mágoa.
Especialmente á Juliana Kolombesky.