sábado, 25 de dezembro de 2010

Um sorriso que diz tudo



A palavra que ela diz não conhecer, em seu sorriso compreende,
Aposta, em uma vida regada à paixão e coisas simples,
Vida simples.
Ela tem um bilhão de defeitos, mas fechado no pacote a seu jeito,
Cheia de sucesso no pleito.
Direito, de viver uma vida sob um teto sossegado.
Crianças e cães iluminando seu dia, nada de vida vazia.
Vazia seria a vida olhada de um dia,
De chuva, onde pelo vidro da janela suado,
Suspira imaginando um reino encantado.
Sonho sonhado.
O que acontece com as flores quando elas morrem?
Deve haver um céu especial para a sua beleza,
E um inferno astral para a sua tristeza.
Nada é perfeito nesse mundo velho,
Nada é feliz dentro do castelo, frio e distante.
Alma solitária nesse planeta errante,
Terra de gigantes adormecidos,
Que fazem o possível para vencer o impossível.
Caneca com chá quente e por um instante ela saiu de si,
Olhava a vida pela sua janela,
Pensava que poderia ser mais bela,
Ouvir algum canto lírico a capela,
Se um príncipe encantado especial pensa nela,
Janela pequena pra tanto sentimento,
Vida pequena que se cala em consentimento.
A lírica da chuva se faz encantadora em tardes quentes de verão.
Pensamentos sobre a vida que se passa, vem e vão,
Sonhando com um sentimento que não é em vão,
Então, suspira pelo mundo.
Mas não, cria outro mundo imaginário.
Pisa no chão e não cai no conto do vigário.
Ela sabe que precisa trabalhar pra ter um salário,
 E com um salário ter um sustento
E uma casinha pra se abrigar do vento.
Que bate na porta pedindo licença pra entrar,
Frio e aconchegante essa brisa veio do mar,
De outro país que está escravizando vidas em garrafas,
A chuva cessa e um arco-íris reporta ao passado,
Esse mundo não vai mais acabar em água.
E a certeza da vitória nas batalhas não deixa a vida acabar em mágoa.



Especialmente á Juliana Kolombesky.


 

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Rola uma lágrima - RePostanDo







Rola uma lágrima, mas é só pra regar o meu rosto.
Depois de juntar os cacos, lágrimas são pra renascer.
A vida se mostra dura e é só desgosto.
Eu tive tudo pra dar certo, mas hoje tenho que reviver.
Passos em falso na escuridão são fatais.
Bem no momento que eu quase fui genial.
Nos dias de hoje isso não é mais digamos, normal.
A pureza da vida não é mais tão pura,
A firmeza do soldado não é mais tão imponente.
A guerra tem se mostrado dura.
E o coração tem ficado cada vez mais doente.
Salvo por aquele dia...

... Que lindo sorriso da menininha inocente =] ...

Foi só sonho, quando acordei, ouvi o som das bombas e morteiros,
Risadas macabras e a morte dos meus amigos escudeiros.
Os amigos escudeiros eram a minha alegria e perseverança,
Fortes guerreiros de batalhas, nunca perderam as esperanças.
Mas quando seus heróis caem?
Quando o soldado já não tem mais força pra levantar,
Bombas ao seu lado explodindo
(som do inferno)
Quando se rompe o fio de prata,
E a janela dos olhos escureceu,
A luz da vida perdeu o brilho,
Começam a aparecer os últimos suspiros
Quando o medo de lutar tira a vontade de vencer
Quando a noite parece que vencerá o amanhecer
De onde tirar as forças pra levantar?
Correr parece ser a única solução!
Sozinho,
Nessa estrada...
... Estrada da vida sem esperança.
Quando a beleza não existe mais,
É difícil ter ajuda de estranhos
Levantar sozinho é o que resta.
O mundo real é bem mais intenso do que a realidade que conhecemos.
Quem sabe um dia percebendo isso, nós e nossos heróis venceremos.

terça-feira, 11 de agosto de 2009


terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Natal sem surpresas





Conflitos na terra de mitos.

Sai pelo mundo,
Olhei.
Lados e carros,
Pessoas na rua e muros pixados.
Por de trás dos óculos escuros baratos,
Olhares fechados.

Pontos de ônibus mais lotados que os ônibus,
Olho pra ela, é bonita,
Mas parece ser vazia.
Respirei fundo,
Ares poluídos,
O céu está azul,
Não está limpo.
Poeira cósmica voa pelos ares,
Fumaça preta escapa dos carros,
Muita gente na rua atrás de promoções de natal.
Quer data mais emblemática?
Estática.
O mundo parou de sonhar,
Só não para de comprar.
De crescer e evoluir.
Na TV a mídia explora mais uma festa,
Manipula mentes com mensagens subliminares?
Não, apenas alimenta Egos.
As crianças caem no chão para envergonhar pais,
Pais sentem vergonha, apenas.
Educar é mais difícil, claro.
Denis você exige demais, meu caro.
Os ratos de fábricas não sabem o que vai acontecer.
Será que a fábrica vai parar no fim do ano?
Lucro, lucro, lucro, lucro, lucro, lucro.
Contra ele prejuízo?
Não, menos lucro, somente.
Evita-se o prejuízo com demissões em massa,
Chamam de ‘crise mundial’.
Poxa, mas é natal. =/
Cai no canto da sereia,
Por bem ou por mal.
A honestidade deles é firme,
Tal qual prego na areia.
Trabalhar dias 24 e 25 de dezembro, à noite?
Então...
Viva La revolución.

sábado, 18 de dezembro de 2010

Mas isso não me impede de chorar





Mas isso não me impede de chorar.
Isso...
Tola
   Insana,
             Ingrata,
                         Insensata.


Conseqüências jogando na minha cara alguns erros,
Que se repetem por toda a minha vida como respiração.
Ao natural, sem maquiagem, bem ao natural mesmo, Tipo Kolombesky.
Eu não preciso da sua ajuda, dona sorte.
Pare de me procurar achando que eu te amo como o mundo a ama.
Eu não preciso da sua pena, dona maturidade em pessoa.
Fico muito bem com a minha inocência de criança.
Eu não preciso da sua paciência, senhor tempo.
Fico muito bem com a minha ansiedade.

Eu tenho toda essa convicção...

... Mas isso não me impede de chorar.

É, isso que me persegue como se estivesse 
ainda errando feito ser humano.

Às vezes eu acerto às vezes erro...

...Mas eu quero que se foda, porque eu estou no meu lugar.


Tola
   Insana,
             Ingrata,
                         Insensata.


Dona...                                               ...Vida.

Eu sei que sou teu escravo enquanto estiver vivo...

... Mas isso não me impede de chorar.

Muito menos de sonhar.



sábado, 11 de dezembro de 2010

Um dia difícil



Um dia difícil,
Mais ou menos abalado,
Ossos do ofício.
Talvez derrotado, mas...
Não, ainda estamos no início.
Só tive um dia difícil.
Precisei de suporte, conversar,
Pra ser mais exato desabafar
Não encontrei nada além de portas fechadas,
Mentes fechadas,
Mentem, mais nada.
Espadas que não se movem,
Não se mexem as barreiras,
Não se movem das trincheiras,
Nessa natureza não florescem as videiras,
Pássaros não cantam,
Um lago sem água potável,
Imaginável?

Em um dia difícil não vejo o sol,
Em uma noite difícil não vejo o sono,
Sono que não me visita,
Se eu vou pra fora, não vejo estrelas,
Não tem vento, nem sentimento.
Depois de um dia difícil meu corpo cansado e inerte,
O caminho correto se inverte,
Repete,
Os mesmos erros que tem cometido,
Sim, caminho correto invertido.
            Mas por mais que eu tenha pedido,
Asas pra tornar possível um sonho perdido,
Imaginável?

Em um dia difícil eu não consigo sorrir,
E o que mais me faz sentir bem
Se vai mais facilmente do que vem,
Me sinto cego em um deserto de idéias,
Tento mesmo, tento ser um cara esperto,
Agradar todas as platéias,
Mas eu não consigo negar a minha ancestralidade plebéia.
O caminho correto se inverte,
Repete,
Eu acordo dizendo foda-se o mundo,
Nem é dizer que sou vagabundo nem nada,
Só não quero estar perdido,
Caminhar com bolsa e violão nas costas pelas estradas.
Imaginável?


sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Inabalavelmente





Cheio de idéias em minha mente,
Sagacidade imposta pela vida, veementemente.
Ando pelas ruas, olhar fixo, sempre à frente,
Mas um homem que se diz tão convicto da vida, sempre mente.
Vamos em frente,
Enfrente seus problemas,
Freqüente, seu coração. (HearTlesS)
Lute por alguma causa sem ser inconseqüente,
Invente,
Ou melhor, RE-Invente-se.
Alimente-se de vida,
Fascine-se, não se lamente.
Preocupe-se só com a ida,
Dê valor à gente, que te valoriza, não as conhece?
RE-invente-se.
Mostre-se mais forte do que a tempestade,
Viva mais intensamente,
Eu entendo que seria bom pra mim,
Uma vidinha dura, mas felizinha,
Com uma ou duas coisinhas minhas,
Com seis ou sete, pagando a perder de vista,
RE-inventei-me.
Inabalavelmente procuro flutuar no firmamento,
Está escuro,
Eu ando tateando pelas eiras e beiras,
Fazendo danças esquisitas a fim de ganhar um pouco de luz.
Reinventar,
Acende uma luz na minha mente a cada passo,
Praticamente vivo sem me conhecer
Quando estou na rua, olho para os lados a procura de RE-conhecer,
Jardim perfumado e ES - Cuso.
RE-inventei-me.
Ao sentir o aroma do jogo, distância latente.
Me alimentei da vida, carente.
Pensamentos vãos, prováveis intrigas?
Jamais, inabalavelmente.
RE-Inventar-se sempre traz consigo uma paz.
Então, RE -Invente-se.


Interrompimento

Interrompi o que seria uma série sobre a América do Sul,
devido a falta de tempo para escrever sobre,
Talvez também,
Uma pequena falta de idéias. rs

domingo, 28 de novembro de 2010

América do Sul Parte 1 - Incas




Pensamento alto, alado,
Passeou pelas nuvens,
Pensamento encantado,
Correu provas difíceis,
Provou estranhos gostos,
Conheceu o povo que mora no vento,
Esse povo é transparente como água limpa,
Limparam do coração todas as impurezas mundanas,
Pensamento alto voou da sanidade,
Vestiu asas e saiu na alvorada,
Concluiu que todas as suas ansiedades levavam a nada,
Conheceu o nada.
Andou por estradas,
Ingríme Andes desafia as linhas que se acham corretas,
Machu Picchu provou que é possível esconder-se do mundo,
Cidade mais oculta, cidade dos sonhos
Cidade da realeza, fortaleza flutuante,
Sentimentos vibrantes.
Dentro do mundo, uma flecha de madeira.
Encravada em corações de pedra,
Pensamento alto ganhou asas brancas como a neve dos Andes,
Mais emblemático que a sagacidade dos incas,
Sem ferro nem escrita,
Escreveram uma história que voou pelos tempos.

Se... A verdade é que não há verdade. (Pablo Neruda)

O castelo de mentira invadiu a América,
Roubaram os tesouros, esmagaram as culturas,
Provaram da terra que emana Pão e Mel,
Extensão do Céu na Terra mostraram a guerra.
Pólvora venceu lanças,
Venceu esperanças,
Começaram as mudanças,
Crianças não têm mais infância.
Do berço ao túmulo, conflitos de idéias,
O doce som das suas flautas comove as platéias,
Mas não resgata os que foram Sub Estimados,
Honra aos povos maltratados, pelo ser superior,
Sinhô Homem Branco Europeu Super Desenvolvido.
Pensei alto, Voou pelos tempos, pensamento infinito.
Como é dos Incas, o Espírito.

domingo, 21 de novembro de 2010

Viagem para o Futuro


Em preto e branco eu escrevo palavras tolas
Talvez sem sentido nem direção.
Vida nova, suspirando pelas beiras da vida,
Nas malas mais do que coisas,
Histórias.
No destino um porto,
Dizem que é alegre...
Minhas mãos suadas se atraem
Uma de encontro à outra,
Estou mais que nervoso,
Mas o destino me espera.
A estação anuncia que meu trem partirá dentro de minutos,
Por tanto tempo eu esperei esse momento,
O tempo congelou.
A vida passa na minha mente como se fosse um filme,
Eu não nasci nesse lugar,
Alguém me pergunta se eu sou desse lugar.
De prontidão respondo:

Não
Sou do interior
...de Taió, estou aqui a 4 anos.

Me apresso, não costumo dar atenção á estranhos,
Tento disfarçar o medo,
Que na verdade me apavora por dentro,
Não tenho medo do futuro,
Tenho medo de estar sozinho nele,
Solidão é uma palavra vazia demais pra estar em meu dicionário,
Mas meu melhor amigo, meu confessionário tem sido meu diário,
No presente não sei ao certo o que deixo,
Alguém com inveja do porto alegre,
Mas sei que está alegre, por mim.

Enfim, eu nunca deixei de sonhar,

Hora do embarque!

Gritou o homem da estação de trem,
Destino final?
Porto alegre!

Deixo meu pai e meu mano,
Deixo alguém que não conheço,
Busco uma vida sem engano,
Poucas palavras me resumem
Extremo!
Extremo de tudo, exagero de qualquer coisa,
Amo amar, demasiadamente ser amado.
Não gosto de me sentir só,
Quero a companhia do mar,
Refletindo nele as estrelas,
O universo conspirando contra a solidão,
Deus acima desse firmamento,
Não vai me deixar de lamento,
Olho para trás, alguém pensa em mim.
Penso Nela.
...Até as pedras se encontram...
Meu trem partiu,
Destino?
Porto alegre das letras felizes.
VIVI por vinte e cinco anos sem te conhecer
Alguns dias serão como  provação e falsa solidão,
Meu pensamento em você, quem sabe o seu em mim.
Em preto e branco eu escrevo palavras lindas...
Com sentido e direção.
Destino?
Alegre porto, futuro seguro.



quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Chão




O chão está quente, queimando em meu peito feito coração pulsante.
Por algum momento a minha alma resolveu não ficar irradiante, diante de algum pensamento perdido.
O chão do passado resolveu vir à tona, intensificou em mim um instinto esquecido.
Às vezes eu sinto um calafrio.
Como se sentisse que a pressão de ser enquadrado,
Me faz realmente ser enquadrado pelo sistema.
Olho para os lados e só vejo olhares maus de gente estranha,
Olho para o céu, mas a minha moral com o Pai do Céu anda ‘bem-baixa’.
Olho para o chão e vejo pouco mais do que um simples caminho,
As escolhas caem em meu colo às milhares,
Para cada uma um rumo diferente,
Me pergunto mais uma vez se tudo isso é necessário,
Digo, todo esse sofrimento.
Se sentir pressionado.
Guerra de conflitos,
As guerras sempre são de interresses.
Eu não me sinto feliz, pelo menos na maioria das vezes.
Pensamentos inundam a minha mente, que inundam a minha alma,
Que inundam a minha vida.
Então não consigo crer na máxima,
“Meus sonhos que me importam, 
os dos outros que agonizem pelo chão”.
Então a competição por nada mais uma vez entra em cena,
E mais uma vez o chão se torna um vilão.
Chão toma uma conotação de derrota.
“ O Boxeador foi beijar o chão”.
Mas se abrir os olhos...
... O chão não é o fim.
O chão é o começo, o chão é uma ligação.
O chão é a face da terra.
Nele nada se encerra,
Nele tudo talvez recomece,
Talvez seja um ponto de vista.
Quem sabe alguma frase bonita,
Como aquela que agora virou moda,
“O impossível é só questão de opinião”.

(Haha, filosofia nas frases de internet são foda,
O mundo está cheio de psicólogos. rs)

Então... rs.

Em minha opinião, o chão não significa mais derrota, Não!
Significa, recomeço. Ali pode estar à chave para um novo caminho.
Talvez eu me sinta sozinho,
Olhe para os lados buscando afago,
Olhe para cima buscando amor,
Na pior das hipóteses vou abaixar a minha cabeça, em sinal de:
Respeito,
Desânimo,
Cansaço,
Tristeza,
Burrice,
Loucura,
Duvidas,
Incredulidade,
Preguiça,
Descrença,
Irracionalidade,
Medo...
... Melhor eu parar por aqui.

Mas agora ao invés de me sentir sozinho,
Se pah vou me encontrar
E meu chão VAI se transformar,
Em um doce caminho.


sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Mártir


Mártir


Aos profetas dos tempos antigos, aos irmãos que foram jogados aos leões  no coliseu de Roma (Para Honra e Glória do Senhor e confundir o mundo), aos irmãos que deram suas vidas no período das trevas em que o mundo foi dominado pela igreja católica, ao malcom X, Zumbi, Martin luther king, Gandhi, Lennon, sabotage, Marvin Gaye, Notorious B.I.G, Che Guevara,
 Ao Tupac amaru shakur e ao Bob Marley.

Rest In peace.



Fecham-se os olhos, fecham-se as portas,
Trancam-se as janelas, vou para a rua,
Ela não tem saída.
A subida é íngreme demais,
A descida, escorregadia demais.
Minha fuga está por um fio, o fio se arrebentou,
A corda de lençóis desamarrou,
O muro era muito alto,
A queda me derrubou.
O guarda atirava muito melhor do que eu corria,
Franco, o atirador,
Franco retaliador,
Caçador de recompensas, Eu fui um belo troféu.
Fui franco ao não mentir, falei sim a verdade que pensei.
Cuspiram na minha face,
Fui odiado e aclamado, mal entendido e lamentado.
Masmorra!
Não, La não é tão assustador.
Morte!
Não, ela o libertaria.
Exílio na ilha macabra, de gelo, de ignorância.
Onde aviões caem e nunca são encontrados, sequer dados por desaparecidos,
Onde os dias não passam, são contados
Hoje os dias são mais longos e os anos mais curtos,
Não na ilha da fantasia, da perdição.
Onde ladrão que rouba ladrão tem mil anos de perdição. (Ou a eternidade)
Chamem de vale da sombra da morte,
Chamem de vida no vale da sombra,
Podem até chamar de sombra no vale da vida, se preferir,
Ou não, não chamem de nada.
O mundo me cuspiu em uma face, não foi o bastante.
O mundo quis me jogar na masmorra, não foi o bastante.
O mundo quis me matar, não foi o bastante.
O mundo me exilou em uma ilha macabra...
NÃO FOI O BASTANTE!

Meu sorriso irônico no meio dessa tempestade e essa alegria que me invade...

Eu estou certo de que não será o bastante, eu sou um guerreiro militante.
E o mundo não passa de um ignorante.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Guerras internas ou Raciocínios externos

                                                                                


Uma musica triste, inundando minha mente agora,
Garoa fria e fina, molhando a janela pelo lado de fora,
Aflora um sentimento do mundo que se sabe...
Não é perfeito.
Nem de perto, não, não chegue perto.
Perigo!
Pode ser consumido pelas minhas entranhas.
Que de tão estranhas emanam desprezo,
O gelo correndo quente pela minha artéria
Explodindo em meu coração com um veneno traiçoeiro,
Bombardeado para todo o meu corpo em forma de duvidas.
De repente, do nada uma rebelião começa,
As células que pareciam fracas individualmente,
Escravas do cérebro se rebelaram.

Motim! Motim!

Gritam os órgãos que de tanto medo...
... Que nem percebem que estão sem voz.

Um exército de células com sangue nos olhos tomou de assalto o corpo,
Com certeza de que era o melhor a fazer,
Cansaram de esperar, de ter esperança.
Elas não têm líder, elas são suas líderes,
Elas não lamentam, elas nem se questionam,
Conhecem os pensamentos do coração de cada uma,
A maioria sempre vence,
“10 mil de fuzis não podem contra um trilhão de facas”

Acorrentaram o cérebro,
O coração não estava mais em seu lugar,
Fugiu ou, já havia sido arrancado (HeartLesS).
Os órgãos agora trabalham contentes, aderiram à rebelião,
O corpo trabalha todo em harmonia,
A alegria que contagia,
Mesmo sem cérebro e sem coração,
Pelo menos sem ter que pedir perdão,
Sem peso na consciência, sem clemência.

Um corpo que trabalha com certeza do que faz,
Onde todos estão felizes, sem alguém ditando ordens,
Perfeição...
... Sem cérebro nem coração.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Mundo



Tendo pesadelos, na escuridão insana da noite.
Nas passagens estreitas e umidecidas das vielas,
Correndo nos guetos de um inimigo sem fim, pelas favelas.
Sem parar, suspirando, sem respirar.
Sem tempo pra olhar, correr com os olhos fechados porque o medo fica fora de mim
Não vejo a minha face, mas ela deve estar congelada pelo meu medo que a tomou,
Devo continuar correndo, mesmo achando que estou paralisado há milênios.
Reclusão nos calabouços do ódio,
Escravizado pelo veneno do homem,
Aquele que produz drogas e bombas,
Dor com um pacote entregue pela janela, bomba de neutros,
Entregada nos lares, as crianças brincavam na rua,
O leiteiro trabalhava tranquilamente,
O cachorro latia, o jogador saia pra treinar,
As crianças para o colégio, a dona de casa limpava seu trabalho, seu lar.
E a vida parou.
A bomba caiu.


Depois do estrondo um silencio esmagador, opressor.
Fui congelado e escravizado,
Pelo medo de ser eu mesmo, de ser homem.
O que eu posso fazer pelo igual a mim?
A vida parou, a bomba caiu, quem sobreviveu quer morrer,
Quem morreu não se conhece mais,
E Deus onde estava?
Olhando para a humanidade que criou, sendo sensato.
Deve ser difícil ser Deus, seus filhos caíram sem honra,
Eu só queria voltar, a saber, sorrir, meu rosto está congelado, meus olhos estão fechados, tenho vergonha de abri-los.
Eu não quero contemplar a luz, me pergunto se Deus existe.
Mas Ele não me quer, ele está ocupado olhando para o Obama e para o Osama,
Para a Dilma e para o Serra.
Para as serras que cortam o planeta,
Dividem no meio, os sonhos, as tribos indígenas, os animais.
A água, a vida.
Eu não quero mais abrir meus olhos, tento me mexer, mas não posso,
Tento chorar mais não consigo, não tenho coração. (Heartless)
Quero fugir para aquele mundo que o soldado samurai foi,
Mas lá não tem espaço pra mim, só os vencedores pisam la,
Eu sou o mundo, o mundo vai acabar com o mundo e ficar sem mundo,
Pra viver, sequer pra morrer, sem poder correr, estou paralisado.
Acabou o encanto, acabaram as flores, o inverno chegou, morreram as plantas.
Morreu o mar, morreu o ato de amar, ficaram as palavras, as vazias,
As de mentira, como as flores de plástico, o dinheiro não vale mais nada,
Sem mundo, pra que dinheiro? Pra que vitória se não tenho honra.
Honra ao mérito no peito do atleta, que não pode correr, está paralisado.
Por si mesmo, não quer mais correr, não quer mais lutar.
Nós nunca caminhamos sozinhos, nos escravizamos porque escolhemos,
Esquecemos de Deus e por isso morremos.
O mundo acabou.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Aurora Boreal



Em busca de algo perdido eu sai à procura
Vagando incansavelmente pelas ruas

Poxa o elo se perdeu, sabem?

Aquela coisa que faz você ver sentido nas coisas, claro que vocês sabem.
Na vida, o firmamento do seu mundo.
O seu chão, a claridade da sua luz.
Na natureza, o belo da beleza.
A lucidez, a sensatez de saber esperar a sua vez.

Poxa o elo se perdeu, sabem?

Cansei.
Não, não cansei...
... Mas sem o elo, onde está o sentido?
Ludibriado pela busca eu fui à procura
Ahhh... Que loucura.
Estou surpreso como esse mundo fora de mim é imenso,
Eu que achava que ficaria sempre mais seguro perdido em mim mesmo,
Que a suficiência das minhas coisas poderiam me moldar, eu mesmo.

Poxa o elo se perdeu, sabem?

Quando eu morava dentro de mim
Fugindo dos perigos do mundo
Ele que fazia a minha alegria
Era uma ligação,
Entre mim, meu ser e meu Pai.
Meu pai ficou lá dentro de mim,

I tried
My life is changed
In cold outside
I trying
Found me again.

A beleza aqui de fora é inigualável
Fria e linda como a aurora boreal
(Saudades da minha bisavó Aurora)
E eu com meus pensamentos pequenos,
Achava que dentro de mim só, seria suficiente pra vida.
Mas que vida,
Precisei aprender a ser só, pra me fortalecer só,
Mas não quero viver só pra sempre.

Poxa o elo se perdeu, sabem?

E aqui fora está frio, menos que dentro de mim
Quando aquela triste e gelada lágrima escorreu pela minha face.

Ohh Jah, oohh Jah.

Ahhh Senhor, pedir a Deus outra vez a razão.
Não vou ficar imóvel irmão
(Saudades do Sabotage)

Poxa o elo se perdeu, sabem?


Com ele perdi o chão e algum sonho qualquer
Sem tanta importância,
Aquelas prioridades aqui fora estão cada vez menores
Ahhh o mundo,
Príncipe vagabundo,
Vaga no lado de fora de si mesmo.
Nem sabe mais pelo que procura,
A beleza da aurora boreal é estonteante.

Poxa o elo se perdeu, sabem?

Parei pra pensar se ele é assim tão importante.
Já tenho certeza que é menos belo que o dom da vida.
Meu Deus me disse pra descansar aqui fora,
Tempestades dão medo, mas nunca permanecem.
Sempre vem a bonança.
Então o elo que se perdeu talvez nunca seja encontrado,
Talvez ele tenha fugido para o meu próprio bem.

Poxa o elo se perdeu, sabem?

Mas a aurora boreal é fria e linda.
Como aquele sorriso que eu ainda não conheço.