quarta-feira, 26 de maio de 2010

Who could it be? I found me!




Eu me encontrei

De uma forma louca
Inesperada
Mas finalmente me encontrei.
Subi as alturas,
Viajei milhas e milhas
Conheci lugares
Me senti só no meio de milhares.


Who could it be?
I found me!

Eu sou eu mesmo
Desde o início sou o mesmo
Confuso e enigmático
Desorganizado e prático.
Sou eu mesmo!


Who could it be?
I found me!


Hoje eu sei,
Melhor do que ninguém
Mil cairão a minha direita

Dez mil a minha esquerda
Mas eu não serei atingido
Nem medo do inimigo.
Sem medo do inimigo!


Who could it be?
I found me!

Sem ajuda eu me encontrei
Essas coisas acontecem de você e por você mesmo
Momentos cruciais na vida
Você contra você mesmo!
Levanta a cabeça e corre pra guerra.


Who could it be?
I found me!


Capacete da coragem
Escudo da verdade
Armadura da resistência
Bandeira de Deus
O povo (Corpo) todo me olha apreensivo, tensão!
Temendo a minha derrota, ossos do ofício.
Luto sozinho
Eu contra eu mesmo!


Who could it be?
I found me!


Quem poderia ser?
Eu me encontrei!


segunda-feira, 17 de maio de 2010

Minha vontade? Não!



Não foi a minha vontade!

Não foi assim
Não planejei
Não esperei
Não me mostrei satisfeito.


Não foi a minha vontade!
Não foi pela insanidade
A sanidade é bem mais bela
Mas é vazia como na segunda, a capela.
Não me mostrei são.


Não foi a minha vontade!
Não foi porque me acho o dono da verdade
Não porque as minhas escolhas não têm volta
Não porque eu me senti culpado
Não me mostrei culpado.


Não foi a minha vontade!
Não foi porque no ultimo olhar eu quis um abraço e um beijo
Ao menos tentei um aperto de mão
Foi negado
Não me mostrei abalado.


Não foi a minha vontade!
Não foi porque o sorriso me fugiu da boca
A felicidade naquela hora abandonou meu coração
Não porque me senti triste
Não me mostrei triste.


Não foi a minha vontade!
Não assim,
Não pela sanidade
Não porque me acho o dono da verdade
Não porque no ultimo olhar eu quis um abraço e um beijo
Não porque o sorriso fugiu da minha boca
Não me mostrei, me esconder era a única opção.



sexta-feira, 14 de maio de 2010

Lucro, por Márcio de Souza

Bom, esse fim de semana passado foi bem agitado pra mim. Tive a primeira oprtunidade de viajar sozinho a passeio na minha vida, o que me trouxe uma grande experiência, debaixo de vários aspectos que essa palavra pode nominar. Em uma delas eu tive a oportunidade de no Hotél que fiquei, conhecer uma pessoa muito interessante de Olinda, Pernanbuco, psicólogo e torcedor doente do Náutico Márcio De Souza, que além de tudo é poeta, o que tornou fácil uma amizade, uma conversa, umas risadas. Me mostrou um livro com seu trabalho, o que me deixou surpreso com a proximidade do que ele escreve com o que eu gosto de ler, então mais uma vez nos aproximamos em amizade, além de ser presenteado com o livro e uma dedicatória da amizade relâmpago e do convite pra conhecer a sua terra, o que espero em breve poder tornar possível.

Agora, sabem quando vocês lêem algo que pensam assim:

"Isso se enquadra tanto na minha vida que eu mesmo deveria ter escrito!"

Foi bem isso que eu pensei enquanto folheava o livro e me deparei com esse poema.


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Lucro

Perdi o relógio

Meu tempo já passou
Com ele também se foi a paciência
Nem um tempo ficou


Perdi a batalha
Meu exército nunca existiu
Meu combate era uma piada
Meu inimigo, um espelho.


Perdi a bússola
Não há mais norte
Nunca houve horizonte
E no céu não há azul


Perdi todos os cabelos
A beleza foi embora
Meu sorriso se trancou
Meu corpo envelheceu


Perdi o ônibus
Que sacudia operários
Mas não havia espaço pra mim
Nem na lata de sardinha ou no deserto


Perdi a razão
Mas não encontrei a loucura
E não há como sair desse impasse
Tenho que ocupar o espaço do outro


Perdi as palavras
E na caneta não há tinta
Extinguiram-se todos os adjetivos
Não há mais o que definir

Perdi tudo o que tinha
E o que tinha não era nada
Então nada aconteceu
E não perdi nada.