Olhar pra dentro
Enxergar o medo, o desejo, o despejo
A despida num olhar
Um ato de amar
Quando tiver medo do seu reflexo
Quebre o espelho
Quem sabe ele não mente
Ele não está em seu lugar
Então, ele não te sente.
Auto olhar no reflexo das águas
Afogar as suas mágoas em um livro sagrado
Saber que nem sempre o mundo é para teu agrado.
Pobre coitado, cabuloso encabulado.
As vezes se acha como príncipe encantado.
Nem sem graça, nem engraçado.
Não é feio, também não é bem afeiçoado.
Você que não crê em mal olhado
Sabe que o melhor amigo contigo tem estado.
Deus que as a vezes pelos cantos da vida
Tem te encontrado.
Numa ladeira da vida.
Um maltrapilho abandonado.
Você se esqueceu de como se escreve, pobre coitado.
Perdeu a saída da estrada da tristeza, para aquele mundo encantado.
Quem sabe perdeu o mapa
Quem sabe as suas asas tenham quebrado.
Quem sabe o Super-homem não te empreste uma capa
Quem sabe você não tenha o agradado.
Agora você é um renegado?
Marcha soldado.
Corda no pescoço, pena de morte.
Quem sabe desse sonho, eu tenha no futuro acordado.
Conte com a sorte, cabuloso encabulado.