sábado, 29 de janeiro de 2011

El-Sale'i




Você é um refúgio pra mim.

Contra aqueles inimigos que me dizem assim
Que me espreitam pelo mal
Sinto o peso em minhas costas com o qual
Não consigo viver, sem teu refúgio iria enlouquecer.

Você se faz de escudo pra mim.

Esse escudo é a prova de raios e de olhares maus
De inveja e de ganância, da minha inveja e ganância.

Você é um refúgio pra mim.

Contra aqueles inimigos e contra eu mesmo.
Você que me ama e que não me deixa a esmo
Sua espada é indestrutível,
Seu amor é indestrutível e infindável
Você não teve início, você é!
Você não terá fim.

Você é um pai pra mim.

É uma fortaleza no alto da maior montanha
Instransponíveis são seus muros
Eles são feitos de nuvens
Você pintou seu quintal de azul de dia
À noite as estrelas iluminam os teus caminhos
O Universo é o teu domínio.
Fez da eternidade a tua morada
Fez da minha vida em você uma escada.
A tua luz brilha mais que o sol

Você é rei de Salém.

Jah,...
Adon Hakavod - Rei da Glória.
El-Berit - Deus que faz pacto ou aliança.
Adonay (חשם) – Senhor.
El Elah - Todo Poderoso.
El-Ne'eman - Deus de graça e misericórdia.
El-Olan (םאל על) - Deus eterno, da eternidade.
El-Shadday (שרי על) - Deus Todo-Poderoso.
Yahweh – Javé, Deus.


El-Sale'i Deus é minha rocha, o meu refúgio.


Em muitos nomes os homens que o Senhor fez seus
E eu mais um, um filho de Ti o meu Deus.
Sem você eu seria um rei sem coroa,
Mel sem doçura, sino frio que não Toca.
Mar sem peixe, vida sem vida.
Você me amou desde antes da fundação do mundo,
Escreveu os meus dias em livros de glória.
Eu sou seu semelhante, eu ouço a tua voz.

Você é amor pra mim.

Me fez assim
Escreveu meus dias em livros eternos
Selou com a sua promessa
O Senhor é Deus e não pode mentir
Você é meu Pai, que às vezes me faz rir
Eu te amo e quero ser um filho fiel
Quero ser uma árvore plantada junto às águas
Que no devido tempo deixa seu coração curar as mágoas

Você é El-Sale'i , Refúgio pra mim.



sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Te amar é



Te amar é sentir calafrio o tempo inteiro
Não ser mais um menino bagunceiro
Deixar o sonho de ser marinheiro
Não mais ser astronauta
Ficar em órbita, sentir a sua falta.
Voltar para casa, mesmo sem ser um castelo
Mas saber que com você o belo é mais belo
Entre a gente existe um eterno elo
Eu pinto o nosso céu de azul
E você o nosso sol de amarelo.

Te amar é sentir saudade o tempo inteiro
Saudade desse seu sorriso faceiro
Sentir saudade do seu cheiro
Saudade de olhar nos teus olhos, ver o fundo
Com você nem penso em ser só mais um vagabundo
Com você apenas flutuo nesse mundo imundo.
Sou um herói sem vilão
Tenho coração de dragão.

Te amar faz a certeza me confortar o tempo inteiro
E quando olho no relógio não vejo o tempo
Olho no relógio apenas pra esperar a sua hora
Fazer do futuro o agora
Fazer do passado o agora
Te trazer do frio lá de fora
Enquanto o nosso sentimento se aflora
Eu te peço meu amor, me namora...
 Pra sempre.

Te amar me deixa meio bobo
Mesmo sabendo que não tenho cara de povo
Se o medo da montanha russa for você
Com certeza vou querer ir de novo.
Com você eu quero chuva
Eu quero sol
Eu quero praia
Eu quero futebol
Eu quero viajar
Eu quero ver o mar
A lagoa
Quero ficar a toa.

Te amar me faz querer passado, presente e futuro.
Eu sou um barquinho
Você é meu porto seguro.
É a minha luz em um mundo escuro
Você me faz um homem maduro
Eu ri da vida 
Eu ri da sorte
Quando pensei que você não existia
Eu ri da morte 
Enquanto de vida eu me enchia.
Te amar me deixa isso tudo
Me deixa mais
 Enquanto de guerra se acaba o mundo
Nosso amor nos fazer viver em paz.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Chuva no deserto


A morte anda triste pelos cantos,
Passam os beijos
Passam os passos
Correm as moedas nos dedos
Morrem os poetas pelos mesmos erros
Vivem algumas flores no lixo
Flutuam nuvens no azul do céu,
Algumas vidas têm coração de papel
Caem algumas folhas no outono,
A vida para pra ver você passar
Eu andei demais no deserto
Agora quero me perder em qualquer mar.
Perdi meu tempo sem ter olhado no relógio
Sonhei no futuro,
Ela se faz de porto seguro.
A luz das idéias se desfaz,
Durmo no escuro.
Sons que se ouvem
Enchentes que me inundam,
Vizinhos que se mudam
Nunca viram tanto amor.
Na noite passada, até o pudor se mudou
Também o rancor nos deixou,
Passado, lagrimas caíram e secaram.
As taças de vinho se encheram e se embriagaram.
Rimos...
Ouvimos...
Boa música,
Sons violentos em meio a guerra.
Mundo em guerra.
Mas esse tal de mundo, a gente ignora
Nessa noite, o mundo ficou lá fora.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

A chuva te achou



Ainda que eu queria
Achar uma maneira
De ser melhor
Deixar cair pela minha testa
Meu sangue ou meu suor
Saber de cor
Que a felicidade não tem cor
Que a dor só se sente
Enquanto você mente
Pra você mesmo
Triste por nada, ou porque se engana.
A chuva na vida que de fora te chama
Pra fora, ela reclama
Coragem! Ela exclama...
Se você não a atende ela te invade.
Olhe, corra
Saia correndo, saia da sua vida
Olhe pela janela, mais que bela.
A chuva veio pra te chamar a atenção
Mesmo com você querendo ou não
Ela não para de se mostrar
Inundar a sua vida, sem perdão.
Eis que o tudo novo se fez
E tudo que o homem fez
A chuva desfez.
As suas vontades os seus anseios
Tomado pelos devaneios
Que inteiro entregue, ou por meios.
Ponto ou interrogação
Madrugada a ponto, em um ponto salvo sem tensão
Som ao fundo inundando agora o coração, emoção.
Soldados do exército de Jah
Batalham pra te ver sorrir, Já!
Nada de amanhã
O momento é agora
A sua vontade de ir lá pra fora
Enfrentar o que a natureza te designou.
O que um Papai de AMOR...
Te predestinou
A chuva te achou.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Minhoca dorminhoca




Ela que vive rindo, mas seu prazer maior tem dormindo,
Sonhando e sim sorrindo,
Ela dorme não pra esquecer, mas sim tem seu mundinho lindo,
A terra é o lar da minhoca,
Ela faz a sua cama, ela é uma dama,
De branco, sentada no banco da praça,
Às vezes ela olha e sente a vida sem graça,
Se entristece, desgraça.
Então ela se planeja pra um sonho maior,
Dias melhores sempre estão por vir,
Minhoca dorminhoca você é feliz,
Ela que sabe que não deve ir pra onde se aponta o nariz,
Que os olhares que se cruzam, se entrelaçam.
Braços que se abraçam, sonhos lindos de desejo,
Beijo que dá beijo.
A minhoca dorminhoca vive rindo,
Isso sim que é lindo,
Ela descansa da vida em um dia de sofá e séries de TV.
Na verdade ela também fica pensando em você,
Horas de glórias,
Ruas inglórias, que não merecem atenção,
Sofá, dormir e então,
Viver sim com emoção.
Alegria que palpita no coração.
Nada de tristeza, tristeza, tristeza,
Eu me encanto com a vida na sua beleza.
Um indiozinho vive com os pés no chão,
Mora em uma oca,
A minhoca dorme, digo vive no chão,
Minhoca dorminhoca. (haha)

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Sozinho



Acordar pela manhã, trabalhar.
Voltar pra casa, descansar.
Ciclo de trabalhos e folgas, sozinho.
Paterno e materna por perto
A distância de uma ligação
Em poucos segundos a saudade se transforma em vozes,
Calor humano.
Suprimento da dor,
Roupa, louça, lavar.
Casa arrumar, ver Tv.
Não ver Tv.
Mas ela permanece ligada na sala,
Vozes estranhas na casa,
Casa com visitas, 
suprimento da solidão.
De vez enquando barulhos de tiro,
É a tv ligada na sala.
É isso não tem em casa, normal.
Todos os jovens precisam morar sozinhos um dia,
Mas é uma tortura, porque eu mesmo não me deixo só.
Fico me cutucando, me provocando.
Desafiando a um combate sem sentido,
Meu corpo se move sem alimento,
Tudo é instantâneo, literalmente.
Sem amor,
Não é como nas propagandas da tv.
Sem amor, sem sabor de casa.
Essa casa é tão pequena, aqui cabe meio universo paralelo,
Onde duas vidas se encontram,
O meu ser e o meu querer.
Nenhum deles nunca ganha.
Combate desafiador,
que desafia a dor e a vazia solidão.


quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Flutuando





Nuvens, pra que chorar se deitado tudo acaba em nuvens?
Explicações, se tudo se transforma,
O nada às vezes tem forma,
Gênero, número e grau.
Flutuando em um rio de águas tranqüilas,
Tudo calmo,
Nada me é estranho,
Um barquinho, pequeno e aconchegante segue a correnteza.
Ele não precisa de sentimentos, nem saber a direção,
Não precisa saber o futuro, se predestinado ou não.
Paisagem abundante em vida,
Nada me lembra a morte, ou a solidão.
Flutuando vagarosamente então.





Motivo, pra que pensar nos motivos se quase nada faz sentido?
Frustrações, se tudo se renova,
O tudo às vezes tem forma,
Gênero, número e grau.
Flutuando, em oceanos de almas incertas,
Nada calmo,
Quase tudo me é estranho,
Salvo o vento, a água e os sorrisos.
Um veleiro grande e aconchegante corta os sete mares,
Ele precisa de sentimentos, quer conhecer novos lugares.
Ele precisa saber do futuro, se predestinado ou não.
Paisagens, culturas e pesadelos,
Nada lembra a morte, mas algumas vezes tem pesadelos,
O mar, hora tempestuoso hora brando,
E poucas pessoas sabem no que ele está pensando.
Flutuando...

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

My secret garden




Caminhar rapidamente em meio à multidão dessa vazia cidade,
Medo corajoso batendo na porta,
Confrontante essa dor que me invade,
Eu que sou um corajoso covarde.
Mantenho-me deitado em pé nesse mundo,
Príncipe vagabundo,
Mais uma vez sujismundo,
Surgi do mundo um poeta iletrado,
Mais que uma surpresa, fim esperado,
Doces pecados,
Soldado da paz,
Ladrão de amores,
Deliciosas dores.
Estados de loucura sã,
Coisas importantes que são vãs.
Laranjeira que dá lindas maçãs.
Fugindo voluntariamente desse mundo irreal,
Para meu jardim secreto, espiritual.
Anestesiado em meus pensamentos,
Sem saber o que não preciso saber,
Sem conhecer o que não preciso conhecer,
Viver bem é mais do que sobreviver.
Um lugar pra ter o que esquecer,
Deixa estar, lugar perfeito pra não se lamentar.
Noite escura estrelada, acompanhado sozinho
Olhando para o nada do horizonte,
Confronto de verdades e mentiras aos montes.
Montes gigantes formam cadeias intensas,
Ignorando saudades imensas da minha vida de outrora,
Mas meu jardim secreto é agora, sossegado por demais,
Não me lembro nem de quem eu sou, ou era,
Não tenho nada pra dar de mim, além do que se espera,
Perfeitos defeitos.
Jardim secreto de espírito e pensamentos,
Doces lamentos.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Tentando me entender



Tentando me entender,
Vida, morte, visões,
Passado, futuro, ambições,
Sonhos, frustrações,
Pedidos, realizações,
Vitórias, derrotas,
Caminhar sozinho,
Festejar a tristeza,
Ainda respirando.
Essa noite não terá luar,
Não terei a quem amar,
Não terei porque lutar,
Memórias me massacram,
O passado com brilho no sorriso,
O futuro denso e escuro,
Minha rua terminou em um muro,
Meu barco retornou, sem porto seguro.
Ninguém cuidou do farol e ele se apagou,
Nenhuma fagulha de vida ficou.
Mais uma meia volta na vida,
Ainda respirando, agora transpirando.
A noite está fria, meu peito está quente,
Minha cabeça explode em pensamentos
Inúteis eles são, sempre levam a lugar algum,
Só me fazem caminhar.
Eu gosto da noite.
Mas ela faz mal pra mim,
Eu feito abelha caindo numa teia,
Minha vida em forma de cadeias,
Tudo se renova e se transforma,
E me torna, ao mesmo lugar,
Eu um menino de cinco anos,
Depois com onze, com dezessete.
Depois com vinte e cinco e ainda imaturo,
Refém das minhas vontades,
Sem falar de algum sonho perdido qualquer,
Perdido nas minhas vontades.
Tudo faz sentido algum.
Olho para os lados, não vejo lugar algum.
Hoje eu estou triste,
O anjo carteiro não passou pra levar meus sonhos,
Eu fechei meus olhos e falei uma vez mais com Deus.
Por favor, Pai me faz entender essa minha simples vida. 

Sonhos







Um menino com uma bola embaixo dos pés,
Outro com violão nos braços,
Um livro curioso nas mãos de uma menina,
Nas mãos de outra um filho de boneca,
Um será doutor,
Outro jogador da seleção,
Outro professor de educação,
A menina enfermeira,
O menino astronauta,
Basta um olhar para o futuro e tudo começa,
Um nadador dá as primeiras braçadas,
A ginasta ainda tem as mãos pequenas demais
Pra segurar na barra que é muito alta.
O eletricista desmonta o rádio do pai,
Pipas enfeitam o céu, crianças pra brincar precisam somente,
De um lugar, fica mais legal se alguma faz par, faz companhia,
Ai sim, feita a alegria.
Elas enfeitam a nossa vida com alegria, da mais pura beleza.
Um casal jovem com a moça grávida tem os olhos brilhando,
Ela tem uma energia diferente.
Os pais que não aceitaram de início, já arrumam uma casinha,
Pequena e aconchegante, família irradiante, da mais pura beleza.
Um pai chega do trabalho tarde da noite,
Em casa tem seus pequenos.
Ai sim, feita a alegria.

Feita a alegria de crianças que tem alegria,
Mas e das crianças que a desconhecem?
Desconhecem os pais,
Desconhecem os tais,
Ancestrais,
Sem nome sem rosto,
Um ferimento exposto da sociedade,
Uma dor que invade os castelos mais poderosos,
Um dos países mais ricos,
Mais belos,
Com um dos povos mais felizes,
Fecham os olhos ao seu futuro,
Joga na lama da impunidade, todo o orgulho,
Mancham a bandeira estrelada de um céu frio,
Deixa as traças e a sorte do vazio,
Um menino com um cachimbo de crack nas mãos,
Poderia ser um crack com as mãos,
Equilibrando balas, refris.
"Ai Tio, vai comprar ou não?"
 Poderia ser um artista ou um doutor,
Engenheiro ou professor,
Da mais pura beleza,
Fadado ao acaso, enquanto se discute o aborto,
Mas falamos pouco de um menino que vive morto.
Sem barco e sem porto,
Vida vagando ao vento, frio e excremento.
Lamento.
Continua a discussão sobre o Builling do filho do pai, rico.
Gordinho ou de óculos apanha na escola,
Entra no carro e fecha o vidro no sinal 
Pra um menino que apanha da vida.
E agora, onde está a alegria?