quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Tentando me entender



Tentando me entender,
Vida, morte, visões,
Passado, futuro, ambições,
Sonhos, frustrações,
Pedidos, realizações,
Vitórias, derrotas,
Caminhar sozinho,
Festejar a tristeza,
Ainda respirando.
Essa noite não terá luar,
Não terei a quem amar,
Não terei porque lutar,
Memórias me massacram,
O passado com brilho no sorriso,
O futuro denso e escuro,
Minha rua terminou em um muro,
Meu barco retornou, sem porto seguro.
Ninguém cuidou do farol e ele se apagou,
Nenhuma fagulha de vida ficou.
Mais uma meia volta na vida,
Ainda respirando, agora transpirando.
A noite está fria, meu peito está quente,
Minha cabeça explode em pensamentos
Inúteis eles são, sempre levam a lugar algum,
Só me fazem caminhar.
Eu gosto da noite.
Mas ela faz mal pra mim,
Eu feito abelha caindo numa teia,
Minha vida em forma de cadeias,
Tudo se renova e se transforma,
E me torna, ao mesmo lugar,
Eu um menino de cinco anos,
Depois com onze, com dezessete.
Depois com vinte e cinco e ainda imaturo,
Refém das minhas vontades,
Sem falar de algum sonho perdido qualquer,
Perdido nas minhas vontades.
Tudo faz sentido algum.
Olho para os lados, não vejo lugar algum.
Hoje eu estou triste,
O anjo carteiro não passou pra levar meus sonhos,
Eu fechei meus olhos e falei uma vez mais com Deus.
Por favor, Pai me faz entender essa minha simples vida. 

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